Sentei-me à mesa
e logo a esperança veio a servir-me.
Levou tempo até a realidade
nos interromper.
O amor sentou-se numa mesa próxima.
Chegou acompanhado da paixão,
que mordiscava-lhe o pescoço
e dizia
sandices ao pé do ouvido.
Arrepiado e bem corado,
o amor deixava-se ficar
Entorpecido vi-me
refletido no
precário casal.
A realidade calou-se,
voltei a ter com a esperança.
Fitei-a nos olhos e pude ver
realidade refletida.
Já maculado por aquele reflexo,
ordenei:
- Quero saudade ao molho pardo!
Perfeito!
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