terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ano novo


Um novo ano começa ou apenas um montante de acontecimentos que se repetem? Respostas, são muito práticas e ainda serão sempre respostas. O recomeço de um nada templário que se reusa e se extingue, revigora e fundamentalmente se retrata ao novamente. Uma democracia falida de súditos gladiadores. O raciocínio numa excelência de vícios e virtudes, outorgado paradisíaco do enfim, a taba desesperadora. Filhos de uma infindável batalha do nada com o algo zero, a estreita trincheira tratada a tiranos e tigresas, não bastasse o por vir obscuro e infinito da existência. As mentes vazias do pos guerra esperando um tiro ou uma ideia sem saber o esperar que seja aguardado. O doce pecado sobre a mortadela.
Não mais um amontoado de riscos numa folha ou num carbono, não mais, as prateleiras cheias de vida devem divinamente devastar os bolsos e bolsas e ainda serão ferozes inocentes. Ainda mais amedrontadoras deverão ser as espécies de contáveis e incontáveis soluções do esperar-se. Numa banalidade ressacada pinga ou ...pagne ainda sim estúpidas baleias num aquário. Estúpida em sê-la, talvez não, estúpidas em sua condição de pássaro engaiolado, talvez. Calar de tão faminto virou obra do todo dia e o saber basta-se em justiça do que é de ciência de todos. A ciência virou justiça, a manchete virou movimento, expressão do certo e voz.
Um ano novo começa ou um montante de acontecimentos que se repetem?
Um montante de anos que se repetem em novos acontecimentos ou começos.
Por um ponto, apenas um ponto, mas as respostas são muito práticas, muito.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

a uma tia



surpreendem-se os de fé dúbia,
enquanto os que já viram
atentam aos céus com intimidade
vulcanica, num exercício
simples e dinâmico
a prática do pensamento verdadeiro.
A dinâmica dos pés na areia,
nada mais sustenta se não o calor
da cobertura divina,
Benção!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sexo para o café da manhã



Acordei enevoada de nos
embebida em sermos.
vestindo o fabuloso desejo
ainda tenaz e alerta carruagem de
sombras e tempos,
envolve ao desvendar.
Gelada, fria, densa, suave,
um simultâneo de momentos
e ainda nada.
Suave canto do envelhecer ao oposto,
é um sorriso a vigiar o descanso.

Deitada naquela cama impregnada de amor,
delírios, espasmos... atividades quase poéticas.
um suspiro de corrente elétrica e breve calor.
Aqui onde habita o sempre
é bom entrelaçar as pernas em ti.

Preparo nosso melhor cardápio:
sexo para o café da manhã.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sapatinho de boneca.




O sapatinho da boneca não anda pelos pés da boneca.
A memória de seus passos
não se lembra mais daquela casinha.
Essa total pele alva-branca
quase beira a translucidez romântica da extinção.
O calor pleno aos versos brandos
esvai-se, na mortalidade,
em sublimes pálpebras funéreas.
O pescoço de tão fino, chega mole
e desengonçado,
permite à cabeça os movimentos contrários.
Não distante dorme em ti
o calor do fogo extinto ainda respirando.
Aquele mesmo que sufocas silenciando
o arroubo da atitude.
Dorme você em noites serenas
tudo aquilo que pensas
e não se permite proceder.
Não se assuste nem espante
porque o verso lírico
só tem de errante
a mente que o pensa.
Saberás quando estiveres com os pés na lama
e teu sapatinho numa bela e vazia estante.
Peço Deus que lhe confronte com a realidade viva.
Todos os vermes te comendo a carne,
mostrando que apodrecera em vida.
A que não viveu por se fazer de morta,
a que continua latente
grávida de seu próprio ventre.