terça-feira, 14 de junho de 2011

dia bom.



muito bom dias assim,
dias nos quais entre um carimbo e outro
nos deparamos com uma flor.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

emaranhesas e condiscrições.



muitos planos, pastos e planaltos mundo afora,
num lugar velado que nem mesmo peito em sonho alcança
numa frisca de coisas afins, passeios, pandeiros e pedais,
encontros aleatórios, o que acontece nada mais nos mistifica.
São essas pequenas despesas de tempo e solidão
ao redor de corações soltos em caixas que nos oprimem.
Ver somente as coisas e nada além delas nos permite estar mais próximo do real,
mas em nenhuma outra parte que não os caminhos dos nossos versos
é possível abrigar as pétalas das correntes.
segmentos de paranoia independem das hospedarias convencionais,
essa ternura sua me castiga por ser muito perfeita
e nem por isso consome os nossos conjuntos, felicidade,
aqui tem um peito imperfeito, ai que é bom imperfeição.
imperfeição de nos tornar pessoa gente,
imperfeição que nos atinge pra ser regular o que bom não mais há.
empréstimos de carinho e dívidas de emoção, assim se vai qualquer peito
e não ainda obstante o meu seria e ainda bem poder dizer o nosso.
ainda bem poder dizer que eu e você vivemos um a gente.
enfim... emaranhesas e condiscrições da vida...
Amém.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um Menino em 18/09/2007

Havia um menino. Carregava bandeiras, distribuía panfletos, ia aos comícios, inclusive era reconhecido por alguns candidatos. Havia um menino que sonhava que poderia mudar e mudando poderia se inserir e inserir a todos. Havia um menino que sonhava. Havia um menino na boca de urna, nas carreatas e nos debates do colégio. Havia em verdade alguns meninos, em palmas em gritos em risos. Havia esperança e companherismo sem "companheragem". Há um jovem adulto em frente a seu computador, escondido em seu trabalho mínimo, que hoje somente olha, somente chora, somente esmola não ser pego pelo seu chefe comentando o diário do Comandante. Há um jovem adulto que tomou o lugar de um menino deposto pelos "camaradas" de diferentes tribos e gêneros, que foi tomado dos seios de uma Pátria essa madastra servil, subordinada aos adúlteros ideólogos de sempre. Há um jovem adulto doido para não ser adulto, porra nenhuma, pra não fazer parte desse lixo social da nossa política dura e grossa de cada dia.