Se eu tivesse um par de olhos
seriam totais artistas solos.
Por eles rolariam muitos cantos
e também seriam abortados vários versos.
Habitariam neles borboletas verdes,
amarelas e azul turquesa.
Toda sorte de batidas
de sinos e asas,
perpetrando entre carinhos e sonhos,
na penumbra do instante,
o inflexionavel verso amar.
Seria possível ouvir as letras,
sentir os traços e até as nuvens pisar
como o desfolhar de um mal-me-quer-bem.
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