terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

conhecer o improvável.



Conhecer o improvável.
As ondas e as chamas não se bastam
nem no ar nem na poesia.
Norte ou sem rumo.
Para onde nos leva a seca?
Bem perto do nada joguei rede e prendi anzóis.
Da bela mancha angariei trevas e rosas também.
Pintei o céu de amarelo.
Esculpi a vila de Brisa,
picada na mata patas firmes.
Pisei o chão.
Nenhuma coisa andou para crer,
pela nobreza inevitável de tuas asas
meu peito respirou teso.
Era teu cheiro invadindo meus sentidos.
Céu azul.
Vila de pedra.
Caminho livre.
Vento nas árvores.
Rosa no caminho.
Em seu lugar, as coisas, ao seu toque.
Fecho os olhos
e na clareza da realidade sinto paz.
O desenho está completo.

Um comentário:

  1. para onde nos leva a seca? pr'esse belo cenário que você desenhou!!! belo, belo!!!

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