quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Abraça teu irmão



Abraça teu irmão que a tristeza vai embora.
Livrei-me de toda mágoa,
sorriso e aperto que espanta lágrima.
A pele foi ferida e a cabeça arrancada.
Acenderam o estopim dessa jornada.
A planta foi regada quando ainda terra.

A pele foi ferida e a cabeça arrancada.
Nossa liberdade foi toda esquartejada.
Censuraram a boca,
mas a cabeça não se cala.
Nem todas as correntes dão a volta ao mundo,
então eu me separo, logo sou o investigado.
Pouco polido verbo é:
vindo e indo.

Fugi de tua masmorra, caí em tua vila.
Fugi de tua vila, caí em tua cidade.
Fugi de tua cidade, caí em tua sociedade.
Espera mais um pouco,
“devagar também é pressa”.
Te bateu um desespero?
É a vida que te chama.
Abra os olhos não o deixa
fazer de ti a podre cera,
pra derreter em fogo baixo,
uma vela iluminada,
muito menos o palito.
Apagô?
Tem mais na caixa.
Bom mesmo é ser chama,
que oscila, mas não apaga.

chama forte, combustível dos que berram,
alardeiam mundo afora o torpor que nos sufoca.

Bom mesmo é ser chama.

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